sexta-feira, 10 de junho de 2011

Mitos e Verdades sobre o câncer de mama

1. Algumas mulheres da minha família tiveram câncer de mama. Por isso, corro mais riscos.

Verdade - Ter mãe, irmã ou filha com câncer de mama aumenta o risco em 80%.

2. Não tenho histórico familiar. Nunca terei tumores nos seios.

Mito - Nenhuma mulher está imune ao câncer de mama. O risco básico de qualquer uma de nós desenvolvermos esse tipo de tumor é de 12%, mesmo sem casos na família.

3. Fazer mamografia todos os anos é necessário para detectar tumores.

Verdade - A mamografia é a principal forma de diagnóstico precoce da doença. Quem tem histórico familiar deve fazer o exame a partir dos 25 anos. As demais, após os 40. O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura.

4. Emoções negativas como estresse, mágoas e raiva podem causar câncer.

Mito - “Nenhum tipo de câncer surge a partir de sentimentos negativos. Por mais profunda que seja sua mágoa, tristeza ou depressão, essas emoções não têm a capacidade de se transformar em tumores.

5. Faço o auto-estame, apalpando meus seios em busca de caroços. Não preciso de outros exames.


Mito - O auto-estame das mamas é uma prática positiva, que deve ser estimulada. Contudo, ele não é capaz de detectar vários tipos de tumores, especialmente aqueles em fase inicial, com maiores chances de cura.

6. Mulheres obesas ficam mais suscetíveis à doença.

Verdade - O excesso de peso é prejudicial porque o tecido gorduroso aumenta os níveis de estrogênio.

7. Anticoncepcionais que interrompem a menstruação são eficazes na prevenção do câncer de mama.

Mais ou menos - “Esse tipo de anticoncepcional tem sido altamente positivo no combate ao câncer de colo de útero. Contudo, em casos de câncer de mama, ainda não foi feito um estudo definitivo sobre a eficácia.

8. Praticar uma atividade física ajuda na prevenção.

Verdade - Cerca de 30 minutos diários de caminhada são suficientes. E a atividade traz benefícios extras: mantém os ossos fortes e a cabeça tranquila.

9. Próteses de silicone podem causar câncer.

Mito - Não há relação entre câncer de mama e próteses de silicone. O único problema é que o implante pode dificultar o diagnóstico de tumores.



Fonte: M de Mulher.com



Por Lidiane Neves

Mamografia ajuda na Prevenção do Câncer de Mama e mantém a Saúde em Dia


No dia vinte e nove de abril de dois mil e nove foi sancionada pelo ex- presidente Luis Inácio Lula da Silva, a lei que dá o direito as mulheres acima de quarenta anos a realizarem mamografia pelo Sistema Único de Saúde, o SUS.

Devido ao alto número de pessoas diagnosticadas com câncer de mama e também ao alto número de mortalidade nesses casos, foi percebida a necessidade da criação da Lei.

“O exame se tornou lei federal, pois as mulheres tinham muita dificuldade de acesso ao exame, então foi levada essa questão ao movimento de mulheres e as entidades que trabalham no combate ao câncer de mama para que de fato existisse uma política pública voltado para a saúde da mulher”, é o que aponta Ana Lúcia Cavalcante da Assessoria Técnica da Coordenadoria da Mulher. 

No Brasil, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer) o câncer de mama é um dos tipos de câncer de maior incidência entre as mulheres, perdendo apenas para o câncer de pele. Além disso, ele também é o que mais mata no país.

Infelizmente grande parte das mulheres ainda tem medo da realização da mamografia, por dor ou algum tipo de preconceito, mas sabemos que a prevenção é o melhor jeito de se combater a doença, sendo detectada ou não, é o que diz a Ginecologista Ana Cláudia Veronesi, do Grupo Ana Rosa, “além da mamografia o auto-exame das mamas é muito importante para detectar precocemente o câncer de mama, pois ele é simples, fácil de realizar e não custa dinheiro. Grande parte dos nódulos de mama é descoberta pelas próprias pacientes durante o auto-exame das mamas. Outros exames também podem ser utilizados, como por exemplo, a ultrassonografia de mamas, contudo este exame não substitui a mamografia no diagnóstico precoce do câncer de mama e deve ser indicado pelo médico somente nos casos que o mesmo julgue necessário.”

Ainda nesse conceito sobre a importância da prevenção, encontramos um problema grave: A demora na marcação do exame. Infelizmente temos que conviver com essa triste realidade, pois o cenário que encontramos é um sistema de saúde precário que não suporta a quantidade necessária desse exame, sem contar a qualidade dos laudos.

A manutenção nos mamógrafos (máquina que realiza a mamografia) é essencial para um diagnóstico preciso, sem esse atributo é impossível que SUS atenda todas as demandas.

Temos a lei que garante o acesso ao exame, mas a dificuldade em realizá-lo é grande e muito se fala, que quando se detecta o nódulo, a urgência em se fazer a mamografia é de extrema importância. Para a dona de casa Carmen Santana de quarenta e sete anos, isso foi o que impactou em seu diagnostico, “No ano de dois mil e oito, detectei através do auto-exame, realizado durante o banho, um nódulo em minha mama esquerda. 

Infelizmente, além de não conseguir marcar uma consulta com mais rapidez no SUS, a mamografia teve que esperar dois meses para ser realizada, ou seja, depois desse tempo, foi realmente comprovado câncer maligno e o médico me disse que se eu tivesse realizado o exame na hora em que foi percebido o nódulo, a minha cirurgia não teria sido tão evasiva a ponto de retirar a mama inteira”.

Casos como esse acontecem diariamente, pois convivemos com um paradoxo, ou seja, ao mesmo tempo em que há uma lei que garante a realização do exame, ela é descumprida por falta de recursos e principalmente má administração desses recursos.

Em dois mil e dez foi lançado pelo Ministério da Saúde o Programa Nacional de Controle do Câncer de Colo do Útero e Mama. Como principais ações foram citadas: 
  • Força Tarefa para monitorar a qualidade de produção dos mamógrafos.
  • Criar financiamento específico para o exame de mamografia com qualidade para mulheres com 40 anos ou mais.
  • Só em 2011, serão realizados 3,8 milhões de exames – Faixa etária prioritária para o rastreamento será dos 50 aos 69 anos.
  • Garantir a manutenção e produção dos mamógrafos – Programa Nacional de Qualidade da Mamografia.
  • Criar 50 novos centos especializados em confirmação diagnóstica.
  • Financiar a ampliação dos serviços de confirmação diagnóstica nos hospitais credenciados ao SUS. 
  • $ 6,2 milhões adicionais por ano para aumentar a oferta de serviços de confirmação de diagnóstico e tratamento.

Reforçando o programa, em março deste ano, nossa presidente Dilma Rousseff, anunciou que para os próximos quatro anos serão investidos quatro bilhões e meio em prevenção ao câncer de mama e colo do útero. Resta saber se as brasileiras realmente terão acesso ao exame e com rapidez, já que estamos cansados de saber que o SUS (Sistema único de saúde) não é visto com bons olhos pela população. 

Por Lidiane Neves

Reprodução Humana ao Alcance de Todos


Nos últimos anos, a questão sobre a reprodução humana, tem sido alvo de polêmicas nos meios de comunicação e nos tribunais brasileiros. Isso porque o assunto não envolve somente uma questão pessoal ou jurídica, mas também religiosa. Vários debates acontecem em prol de uma solução mais rápida para esse problema, mas infelizmente sempre voltamos à estaca zero.

No Brasil há um crescimento expressivo do número de clínicas que realizam a reprodução humana em decorrência de uma grande demanda dos interessados, fato que justifica a urgência em legislar de forma a estabelecer critérios e responsabilidades aos profissionais que a utilizam, bem como resguardar os direitos das pessoas que investem esperanças e patrimônio na busca da realização do sonho de ter um filho. Felizmente já temos espalhados pelo país, alguns locais que oferecem o tratamento gratuito, a exemplo disso temos em São Paulo o Centro de Referência da Mulher. A história do centro começou em 1930, que inicialmente se chamava Cruzada Pró-Infância. Foi construída em parceria de Pérola Byington com a educadora sanitária Maria Antonieta de Castro. 

Em 1959 Pérola inaugurou o Hospital Infantil e Maternidade da Cruzada Pró-infância, para manter o funcionamento da Cruzada, Pérola mobilizou todos que pudessem ajudar, utilizando os meios de comunicação, divulgou os projetos e convocou a população a participar dos eventos de arrecadação de fundos. 

Anos mais tarde devido ao seu falecimento, em sua homenagem, o hospital recebeu o nome de sua fundadora: Hospital Pérola Byington que é hoje o Centro de Referência da Saúde da Mulher, administrado pela Secretária de Estado da Saúde. Segundo a Gerente do setor de reprodução humana do Pérola Byington, Graziela Buccini, a procura por esse tipo de tratamento só tende a crescer no país inteiro, “Devido ao acompanhamento psicológico que o nosso centro realiza cada vez mais os casais ou os solteiros nos procuram, porque esse tipo de suporte é essencial nesse tipo de consulta. Atualmente realizamos por ano cerca de 300 ciclos de fertilização assistida”, afirma a gerente.

Para você que gostaria de fazer parte do programa, as pacientes admitidas devem ter no máximo trinta e cinco anos de idade. E para fazer o agendamento, as pessoas devem ligar para o setor às terceiras quartas-feiras do mês, a partir das oito horas da manhã, pelos telefones 3104-2785 e 3112-1210. A consulta triagem deve ser marcada em nome da mulher, mesmo que o problema já tenha sido diagnosticado como fator masculino. É necessário dizer o nome completo, número do RG, data de nascimento, nome completo da mãe, endereço completo e telefones para contato.

Há, portanto, a necessidade de termos uma legislação urgente que trate do assunto, para acabar de uma vez, com as questões polêmicas existentes na atualidade. Mas sabemos que quando se trata de investimento financeiro, para algumas pessoas esse sonho se torna mais distante.